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Minha alma tem sede


Inverno se foi injetando ordem

No caos que vinha de dentro.

Primavera iniciou dando o tom do porvir

Flores de tenra beleza

Em meio às ondas de calor


O que ainda não queres ver?

O que ainda não queres ouvir?

O que ainda não queres digerir?

O que ainda não queres proferir?

O que ainda não queres soltar?

Águas que fluem pelo mar eterno

Limpando as mágoas

que ainda ficaram do inverno

E é nas cores da aquarela

Que as cortinas se desvelam

Minha alma tem sede de arte

Essa é a sua linguagem

Liberta o que ainda está aprisionado

E entre essas dualidades internas

Sigo escolhendo o caminho da Luz!

Me abrindo para desvendar o que está oculto


Luciana Juhas Maurus - out/2020


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